A predominância da rotura muscular

14/08/2023

 

As roturas musculares são das lesões desportivas mais predominantes, talvez até as mais predominantes, afetando desde atletas profissionais a recreativos, porém podem ocorrer a qualquer pessoa numa situação do dia a dia, como por exemplo a correr para apanhar o autocarro.
Normalmente, as pessoas descrevem uma dor localizada, tipo facada ou rasgão, podendo ser incapacitante.

 

Não existe grande consenso relativamente à qualificação das roturas, mas vamos usar uma terminologia prática e simples para explicar:
• Grau 1: sem dano no tecido muscular e sem alteração da sua funcionalidade, apenas uma pequena resposta inflamatória;
• Grau 2: rotura de algumas fibras musculares e com alguma perda de funcionalidade;
• Grau 3: rotura total das fibras musculares e com perda total da sua funcionalidade.

Primeiro de tudo é importante perceber que fatores levaram à ocorrência da lesão, má gestão de carga, histórico de lesões, stress, pobre nutrição, falta de descanso, etc, de forma a corrigi-los para ajudar a recuperação e evitar recidivas.

A intervenção em fisioterapia passa pela diminuição do processo inflamatório e regeneração das fibras musculares, caso estejam lesadas, e pelo retorno à atividade, através de técnicas de terapia manual, de exercícios de fortalecimento e exercícios específicos ao desporto que pratica.

 

Para que a recuperação aconteça de forma segura e sem contratempos é essencial respeitar os critérios de progressão entre fases e o corpo de cada um, respeitando assim o tempo de regeneração do tecido, de forma a evitar recidivas. Torna-se então fundamental explicar ao paciente que mesmo que se sinta bem e capaz para fazer mais, o corpo pode não estar preparado para as demandas da atividade, devendo a exposição à mesma ser gradual.